Segurança Alimentar vs. Segurança de Alimentos: Qual é a diferença?

Segurança Alimentar vs. Segurança de Alimentos:
Qual é a diferença?

Alimentos e bebidas, ISO 22000

Segurança Alimentar vs. Segurança de Alimentos: Qual é a diferença?

Quando se trata de alimentos seguros, imediatamente pensamos em alimentos que não prejudicam nossa saúde, ou seja, que estão livres de contaminantes. Esse assunto está intimamente relacionado a diversos aspectos, como o Plano APPCC, boas práticas de fabricação (BPF), higienização de utensílios e equipamentos, rastreabilidade, plano de verificação e análises físico-químicas e microbiológicas. Ao pesquisar na internet ou discutir o assunto, você encontrará pessoas usando dois termos para se referir a esse mesmo assunto: “Segurança dos alimentos” e “Segurança alimentar”. Mas há alguma diferença entre eles ou podemos usar ambas as expressões?

O que significa Segurança de Alimentos?

O termo “Segurança dos alimentos” vem do inglês “Food Safety” e é usado para se referir à adoção de medidas que evitem qualquer perigo nos alimentos que represente risco para a saúde ou integridade do consumidor. A implementação de um plano APPCC em conjunto com as ferramentas mencionadas anteriormente e outras importantes no campo da segurança de alimentos são essenciais para garantir que os alimentos sejam seguros em todas as etapas, desde a manipulação e preparo até o consumo final.

É importante ressaltar que os riscos à saúde e integridade do consumidor podem variar desde a repulsa causada pela presença de um fio de cabelo no alimento até sintomas mais graves, como dores abdominais, náuseas, febre, vômitos, diarreia ou até mesmo óbito.

A presença de qualquer perigo nos alimentos indica uma falha nas medidas preventivas implementadas pela empresa. Os perigos relacionados à segurança dos alimentos são divididos em três tipos: físicos, químicos e biológicos.

  1. Perigo Físico

Como o próprio nome sugere, refere-se a corpos estranhos em níveis e dimensões inaceitáveis. A presença de perigos físicos nos alimentos pode causar lesões na boca, língua ou garganta, quebra de dentes ou até mesmo sérios impactos na saúde. Exemplos de perigos físicos incluem fragmentos de objetos como madeira, metal e vidro, cabelo, papel de bala, plásticos, pragas, entre outros. As principais medidas de controle utilizadas para evitar a presença de perigos físicos nos alimentos são peneiras, filtros, detectores de metais ou raio X.

  1. Perigo Químico

Refere-se a contaminantes de natureza química, seus resíduos ou produtos de degradação em níveis inaceitáveis nos alimentos. Os efeitos dos perigos químicos nos consumidores podem ser de longo prazo (crônicos), como aqueles causados por produtos químicos carcinogênicos que se acumulam no organismo ao longo de muitos anos, ou de curto prazo, como aqueles causados por alimentos alergênicos que podem causar intoxicações imediatas. Os perigos químicos podem incluir pesticidas, lubrificantes, aditivos tóxicos, sanitizantes, metais pesados, entre outros. A maioria dos contaminantes químicos está presente nos alimentos, mas são controlados por limites estabelecidos por legislações. Portanto, a principal medida de controle utilizada nesse caso são as análises químicas realizadas em laboratórios para verificar se os limites estão dentro dos padrões permitidos.

  1. Perigo Biológico

É considerado o perigo de maior risco para a segurança dos alimentos, uma vez que os microrganismos não são visíveis a olho nu. Os principais sintomas causados por alimentos contaminados por microrganismos são febre, dores abdominais, náuseas, vômitos e, em casos mais graves, desidratação e até mesmo óbito. Os microrganismos envolvidos incluem bactérias, fungos, vírus, protozoários e parasitas. Muitos desses microrganismos podem ser facilmente eliminados por meio do calor, enquanto outros podem ser controlados por meio de práticas adequadas durante a manipulação e armazenamento dos alimentos, como a higiene, controle de tempo e temperatura. Também são realizadas análises microbiológicas nos produtos acabados para verificar se a quantidade de microrganismos está abaixo dos limites estabelecidos pelas legislações.

Segurança Alimentar

Agora que entendemos que o termo “Segurança dos Alimentos” está relacionado a alimentos seguros, quando devemos usar a expressão “Segurança alimentar”? O termo “Segurança alimentar” vem do inglês “Food Security” e refere-se ao conceito de implementação de políticas públicas com o objetivo de garantir a todas as pessoas, em todas as épocas e em todo o mundo, o direito de acesso a alimentos com qualidade nutricional e quantidade adequada para uma vida saudável e ativa.

Esse termo surgiu na Europa após a Primeira Guerra Mundial para se referir à capacidade de produzir e fornecer alimentos a todas as pessoas. Portanto, a segurança alimentar é uma estratégia criada com o objetivo de reduzir a fome e a miséria no mundo. Ela pode ser afetada por diversos fatores, tais como:

  • Mudança climática: a estabilidade do abastecimento alimentar pode ser afetada pelo aumento da ocorrência de secas ou inundações.
  • Perda de biodiversidade: à medida que a biodiversidade diminui, o fornecimento de alimentos se torna mais vulnerável às mudanças climáticas e à escassez de água.
  • Catástrofes naturais ou causadas pelo ser humano: assim como as mudanças climáticas, a estabilidade alimentar pode ser afetada por furacões ou guerras.
  • Escassez de combustíveis fósseis: os combustíveis fósseis são utilizados na produção de pesticidas e fertilizantes, além de alimentar máquinas agrícolas e sistemas de irrigação, sendo essenciais para garantir a produção de alimentos em pequena e grande escala.
  • Questões políticas: as políticas públicas são essenciais para garantir o acesso da população aos alimentos.

Considerações Finais

Embora não tenham o mesmo significado, a segurança de alimentos e a segurança alimentar estão fortemente relacionadas. Se os produtores rurais conseguirem produzir alimentos seguros, haverá menos desperdício. As fábricas que utilizam esses insumos também terão menos perdas e aproveitarão ao máximo as matérias-primas. Os clientes, por sua vez, consumirão alimentos de forma segura, livres de contaminantes, com todos os nutrientes necessários disponíveis.

Ambos os assuntos são de extrema importância no universo dos alimentos. Tanto a segurança dos alimentos quanto a segurança alimentar, em todas as esferas, não devem ser uma opção, mas sim uma responsabilidade de todos os envolvidos na cadeia produtiva, a fim de garantir a saúde e a integridade do consumidor, bem como promover o equilíbrio nutricional da população.

Tecnologia aliada à segurança dos alimentos

Para possibilitar a produção de alimentos cada vez mais seguros, existem padrões, normas, leis, iniciativas e boas práticas que regulamentam a gestão e as atividades desse setor. A automação de um sistema de gestão de segurança de alimentos facilita a execução dos processos e procedimentos relacionados aos padrões e regulamentos de segurança e qualidade.

Confira também nosso eBook, que mostra como a tecnologia pode contribuir para a automação e o aprimoramento das principais etapas de um sistema de gestão de segurança de alimentos, agregando valor ao produto final e reforçando o compromisso da nossa organização com a saúde e a satisfação do consumidor.

TGN Brasil – Representante Premium das Soluções SoftExpert Excellence Suite. Entre em contato

Continue lendo:

Por favor, preencha o formulário